terça-feira, 27 de março de 2007

Trechos de uma conversa

(...) Sim, o desconhecido pode ser delicioso, como os feijões da sorte do Harry Potter. Pode fazer doer tb. Faz parte do viver. (...)

(...) Sinceramente, eu gostaria de não esquecer minhas melodias favoritas quando morrer. Nem as incríveis ou belas cenas que testemunhei. Afinal, deve haver algum sentido para memorizarmos coisas que nos tocam tanto. A música expressa [e] traduz muito do que sentimos.

Deve haver alguma razão para termos esse corpo que tanto percebe e capta. Sejam os sons, as cores, o sabor.(...)

(...) Eu acho que se pudessemos captar mais do que já captamos, ficaríamos loucos. Como as pessoas que vêem coisas de outras épocas... (...)

(...) Na verdade... o que eu queria mesmo era compreender. Compreender o pq de tudo isso... o pq de estarmos aqui... o quanto somos grandes e pequenos ao mesmo tempo. O quanto tudo é e sempre será igual no homem, não importa o tempo, o quando, o onde. (...)

(...) A idéia de liberdade é tão falsa. Somos tão limitados.
Os seres mais vulneráveis... tão sensíveis. Tão ricos e tão pobres. Somos a contradição em humanidade pura. (...)

(...) As vezes me enxergo como uma máquina cheia de acessórios. Cada sentido é um acessório, e no máximo posso gozar ou sofrer somente o que esses sentidos me permitem.
Daí vivemos em busca de algo que nos faça mais que apenas máquinas limitadas e achamos que conseguimos.
Porém, quando as pessoas (como eu) têm certeza de que isso é certamente uma bobagem, as coisas parecem um pouco piores pq, além de limitados, nos tornamos inertes. Olhamos a vida de longe, analisando-a. (...)

(...) É tão fácil escapulir da minha boca um NÃO quando quero dizer SIM! E vice-versa.
É tão fácil eu exclamar um CREDO! admirado quando aquilo verdadeiramente nem me surpreende, só pq isso seria o certo (ou o esperado) a se fazer.

É tão incrivelmente difícil sermos aquilo que somos de fato.

A minha humanidade até hoje, só me permitiu ser apenas um pouco mais que um animal. (...)

(...) Não sei se é apenas um problema de impulsos represados, contidos, ou coisas do gênero. Mas eu sinto um aperto tão grande no peito quando penso que quando eu morrer, e não existir um "depois", tudo terá sido APENAS isso que foi. Teria sido uma vida, uma energia, uma memória. Apenas mais um desperdício de milhares de recordações vãs, fatos ruidosos, mas surdos diante da existência. :(

(damos-nos muito valor por acharmos que sentimos o que os animais e máquinas nem sonham... mas somos um mar, um oceano inteiro, cercado por todos os lados. Somos uma verdadeira ilha de águas, mágoas, desejos, prazer...). (...)

PS: Hoje estou muito mais sensível que o habitual. Não sei o que ocorre, mas sei que há algo. Está em nós essa capacidade de perceber quando as coisas vão bem ou não. Quais são as causas razoáveis para sentir esse peso estranho em determinados dias? Nem sempre elas existem. Apenas há um preço a ser pago por pensarmos em nós mesmos.

sábado, 24 de março de 2007

Saudade...

Olá!

Fiquei com saudade da época em que tinha meu bloguinho "Um Certo Jardim"... (e que o UOL bloqueou por falta de uso) :S

Resolvi recriá-lo no Blogger. Tem um visual bonito e parece simples de usar. Espero que este blog eu não abandone.

Beijos a quem ler isto.