domingo, 24 de abril de 2011

"PÂNICO DE IMPOSTO DE RENDA"



Minha mãe me chamou hoje para me ensinar a declarar, pela primeira vez na minha vida, o Imposto de Renda (antes era ela quem fazia). Eu discuti, me descabelei e fui completamente estúpida com ela. (Já pedi desculpas). Mas estou revoltada como eu não sabia de váááárias coisas para preencher a bendita. Fiquei imaginando meus amigos, colegas, e tenho certeza que a maioria deles nem sonha como se preenche isso. Minha mãe comentou que muita gente paga um contador, mas fiquei chocada pq não aprendemos nada disso antes. Sei lá, pq não temos aulas sobre isso no colégio? Me sinto como todo aluno que se acostuma a ter férias duas vezes por ano para, na vida adulta, descobrir que vc só voltará a ter essa mamata se for rico. E olha que minha mãe explicou que a minha declaração é a mais simples pois sou isenta e fiz o tal do modo simplificado...


Fiz uma pesquisa básica no Google e descobri várias pessoas perdidas ou que não entendem nada de IR. Assim, em homenagem aos que estão preenchendo suas declarações, compartilho esse texto divertido da escritora Eliana Brum sobre o tema. Ah! E boa sorte prá quem ainda não declarou... ¬¬'


http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI223263-15230,00.html


PS: Mamis, eu te amo! Obrigada por me ajudar. :/



sábado, 29 de novembro de 2008

October's Words

Delírio
lírio
ébrio
(dez) equilíbrio
libra
livros que não respondem
respaldam
resvalam
resgatam o apreço
aprecio
preço da prece
pressa
regressa
encontra
antes que feneça
na Fenícia sem
delícia o corpo
frágil do copo branco
do lírio mágico
dolorido e colorido
deste corpo
torto/morto

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

"M'água"

Ventava muito.... O reino, há pouco colorido pelo sol magnífico, testemunhava um céu terrivelmente cinza se formando, com relâmpagos incríveis, um verdadeiro espetáculo. Ainda assim, o brilho do astro-rei, iluminava forte o castelo, os pássaros, as árvores, as folhas que flutuavam alto e as primeiras gotas de uma chuva que certamente, viria pesada. No alto de uma das torres, ela observava os campos imensos e amarelos do sol receberem, ao longe, aquele banho inevitável, belo e dourado.

Abraçada aos joelhos, dos seus olhos choveu sal... e foi tanto sal, que seu rosto ardeu, seu coração se inflamou, o corpo adormeceu e ela nada mais enxergou, a não ser água, água...

Ao contrário do medo que a tempestade causa, da solidão de sua presença única naquele reino, ela sabia que tudo aquilo era natural, e que a chuva torrencial traria abundância à sua terra. Deitou e adormeceu. Era tudo o que podia fazer.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Pastéis de vento

O lugar era deserto. Havia uma luminosidade intensa do sol que apenas começa a declinar... as sombras ainda não eram compridas. Nenhuma pessoa por perto. Trazia uma paz melancólica, que só faria sentido se pudesse ser compartilhada.

Dentro daquela casa, desconhecida por completo, mas tão acolhedora que eu podia acreditar que sempre foi minha, eu observava e conseguia aceitar tudo nela, os móveis simples e antigos, as cortinas cafonas e coisas quebradas... O meu pensamento urbano contaminado chegou a notar que a construção não apresentava segurança alguma. Mas quem precisaria? Não havia ninguém por perto, talvez nunca houvesse! O lugar inteiro era abandonado... por isso mesmo, muito mais perigoso. Uma espécie de cativeiro no deserto. Sol, pó e solidão.

Observei cada móvel, baús, copos bonitos, cadeiras de madeira, sem tocar. Era tudo muito antiquado... mas tão adorável! Imaginei a noite daquele lugar. Eu estaria por lá...
Olhava pela janela e tudo era um grande nada!

De repente, escuto um barulho. Você caminhava em direção a minha casa, mas eu não o via. Senti que você entraria pela porta. Corri para o fundo da sala, comprimi a respiração... e você entrou.
Você já me conhecia! Eu já te conhecia. No fundo eu te esperava (talvez para o jantar). Você trazia coisas com você, ferramentas, utensílios, coisas, coisas...
Você jamais me faria mal e eu jamais faria mal a você. Era a única certeza.

Nos cumprimentamos. Conversamos coisas amenas... nos demos muito bem. Jantamos. Fiquei em dúvida se você era meu sequestrador, mas adorei aquele cativeiro. Sentíamos o mesmo um pelo outro.

Quando o Sol desceu e o céu suspendeu o brilho das estrelas, o calor cedeu lugar a uma deliciosa brisa, fomos para uma das janelas contemplar o mar. Você o via tanto quanto eu! Ele era branco e havia um navio pirata lá ao longe! A casa não tinha luz, porém recebia uma brilho estranhíssimo vindo lá de fora. Era como se a lua estivesse ao redor da casa... A brisa soprava a cortina cafona e cheia de pó, e nós nos olhávamos com afeição. Você me amava e eu te amava!

Você com os seus conhecimentos me ensinaria muitas coisas e eu, com os meus conhecimentos cuidaria de você! Nos encheríamos de pó, junto daqueles móveis pelos quais me afeiçoei!

Naquela noite, fizemos da minha casa um mausoléu e decidimos morar ali, juntos para sempre.

domingo, 12 de outubro de 2008

Carta para o Rei de um reino extinto.

(...) Quero tuas lágrimas na palma das minhas mãos. Quero a dor da sua mágoa confundindo-se com a do seu prazer mais intenso. Deita nesta tenra relva... e dê-me com seu hálito, a vida!
Povoa este meu reino vazio com a tua presença. Assusta meus pássaros, meus bichos, minhas flores com a sua voz, estranha a este lugar.
Paralisa o tempo, ou faça-o correr... Faça chover! Molha esse campo inteiro, fertiliza esta terra, que bom fruto há de colher.
(...)

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

De volta a temática "ovo"...

(...) meu reino não é maior que um ovo descascando. Ele parece tão aconchegante e quente. Não preciso de mais nada nele... Já furei algumas paredes e por algumas fissuras já vi boa parte do mundo ao meu redor. Também já senti como é gelado o vento lá de fora, mas ele refresca um pouco o calor que, às vezes, faz aqui dentro.
Os meus castelos são como aqueles livros que se desdobram, e eu costumo admirar muito mais aqueles cantos que nunca são visitados, notados, comentados. As muralhas são imensas e fortes, para que ninguém me incomode no meu jardim. Quero ficar nua no meu jardim. Fazer parte do cenário colorido e também cinza deste reino solitário. (...)

domingo, 2 de março de 2008

HQ's Eróticas

Olá pessoal!

Este post é para quem, assim como eu, aprecia a arte dos quadrinhos eróticos.

Neste link vocês encontrarão uma matéria de Walter Fiuza para o site "Guia da Semana", publicada esta semana, e para a qual dei meu depoimento sobre essa arte.

Apreciem sem moderação.

http://www.guiadasemana.com.br/noticias.asp?/TEEN/SAO_PAULO/&a=1&ID=16&cd_news=35977&cd_city=1

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